Já ouviste dizer que o caráter da criança é formado até os cinco anos?

Cresci a ouvir isso e quando tive os meus filhos mantive sempre esta informação em mente.

Não que depois dos cinco anos seja menos importante, claro que não, pois cada fase do crescimento de uma criança traz novos desafios, mas sobre estas outras fases podemos conversar noutra altura, hoje quero falar sobre a primeira infância porque é nela que, de facto, acontecem mudanças muito grandes no nosso cérebro.

As mudanças nessa fase são tão significativas que para o desenvolvimento do cerebral, são como se muitos anos tivessem passado apenas nestes cinco anos. Isso ocorre pois cada avanço que a criança faz, cria novos caminhos de sinapses nervosas em seu cérebro. Este fenômeno ocorrerá durante a vida toda, inclusive quando em casos de lesões, o cérebro usa este mesmo recurso para a reabilitação cerebral, chama-se neuroplasticidade.

Mas para que não fiquemos aqui a complicar as coisas, pois não é a intenção deste artigo, vamos nos ater ao facto de que na primeira infância muitas mudanças acontecem no cérebro. Já para os mais curiosos e admiradores da fisiologia humana, fica a minha sugestão para pesquisar sobre a neuroplasticidade.

Então vamos voltar a concentrar-nos nisso! (risos)

Sobre esta afirmativa de que o caráter da criança se forma até aproximadamente os cinco anos, ao longo de minha formação em psicologia, já sobre uma perspectiva mais técnica a respeito do desenvolvimento infantil, muito estava a ser elucidado pois percebia porque é que esta fase era tão importante, no entanto, ainda aprofundei mais  os meus conhecimentos e cada vez mais este “ditado popular” fazia sentido.

O cérebro já nasce pronto, no entanto o sistema nervoso central como um todo não,

continua a desenvolver-se e é aí que o tema deste artigo começa a fazer sentido pois, a medida que o sistema nervoso se desenvolve (pela milienização), o corpo adquire as características do nosso cérebro, é quase possível dizer que o nosso corpo é a versão “impressa em 3D” do nosso cérebro e a milienização o “código de programação” que acaba por moldar corpo e mente.

Assim, a medida que o corpo se desenvolve ele vai adquirir o molde do cérebro em seu formato, o que possibilita-nos saber qual é o “modus operandi” de nossas atitudes durante todo o resto de nossas vidas!

Mas onde é que o ADN entra nessa história?

O nosso ADN é responsável por muitas outras características, como por exemplo a cor dos olhos, da pele do cabelo, mas não em relação ao formato do corpo. É por isso que, apesar de termos características físicas muito semelhantes às dos nossos pais, também temos diferenças significativas em nossos comportamentos em relação a eles. Nesta altura poderia lhes falar porque repetimos os comportamentos de nossos pais e por vezes isso nos faz tão insatisfeitos conosco mesmos, mas vamos nos ater ao assunto em pauta deste artigo está bem?

Então até aqui já está evidente que a forma como a criança vivencia o seu dia a dia na primeira infância é extremamente significativa na forma como irá agir e reagir para o resto das suas vidas, uma vez que é nesta altura da vida que os traços de caracteres se formam e moldam o corpo.

E esta é a resposta mais simples que posso dar-lhe sobre o assunto deste artigo!

O corpo explica as atitudes porque no decorrer da primeira infância ele foi “impresso” de acordo com as experiências que vivenciou nesta fase da vida.

A parte boa é que ao ler o formato do corporal podemos entender como funcionamos e aprender a viver melhor com nós mesmos, como um modo de vida que nos permitirá ser mais felizes mais leves, lidando com cada situação da vida da melhor forma possível em relação à forma como fomos “impressos” para funcionar.

Sem culpas, sem cobranças pessoais desnecessárias, sem metas absurdas que nos colocamos e depois frustramo-nos porque não fomos capazes de alcançar e é por isso que é possível ter uma vida mais feliz, é uma nova forma de ver-se e de agir em relação ao mundo, um novo estilo de vida!

Quando sabemos quem somos, é mais fácil não se colocar em situações desconfortáveis, sabe quando surge uma oportunidade de dar um passeio que na verdade não gostas muito, mas acabas por ir só para agradar aos amigos e depois zanga-se consigo porque pensas… “Já sabia que não ia gostar disto, não sei porque vim!”, “Nossa, só faço mesmo isso para agradar ao fulano, que lugar chato!”

Então se quiseres descobrir mais sobre si mesmo, sobre como seu cérebro “imprimiu” seu corpo e a partir daí entender seu próprio modus operandi, descobrindo uma forma mais leve de levar a vida. Continue a seguir-nos por aqui e através das nossas redes socias em buefixe.pt e seufuturohoje.pt

 

Até a próxima com muita ciência e leveza!

Clara Schuhli

Clara Schuhli

Clara Schuhli

Sendo eu mesma! Mas também mãe, filha, irmã, psicóloga e em formação como analista corporal! Amo conduzir, viajar, ouvir música e aprender! Instagram: seufuturohoje.pt

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